"Não existe um crime perfeito"
Somos um grupo de alunos da Escola Secundária de Oliveira do Bairro do 12º ano de escolaridade, e resolvemos realizar, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, um blog sobre investigação criminal.

Esperamos que gostem.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Entomologia Forense

A Entomologia forense é o estudo de insectos e outros artrópodes num contexto legal. Tem inúmeras aplicações, mas a mais frequente é na determinação do tempo mínimo desde a morte (intervalo postmortem, ou IPM, mínimo) na investigação de mortes suspeitas. Para isso, determina-se a idade dos insectos presentes num cadáver humano, o que permite uma estimativa relativamente precisa em circunstâncias em que os patologistas apenas conseguem fazer aproximações. O principal pressuposto é que o corpo não está morto há mais tempo do que o necessário para os insectos chegarem ao cadáver e se desenvolverem. Assim, a idade dos insectos mais velhos presentes no corpo determina o IPM mínimo.




Dois exemplos são:

1º) Um corpo descoberto no Verão no sul de Inglaterra sofrera queimaduras extensas, dificultando muito a interpretação das convencionais alterações postmortem por parte do patologista. A determinação da idade das larvas de varejeira existentes no cadáver indicou que os primeiros ovos teriam sido postos no cadáver seis dias antes. Mais tarde, testemunhas afirmaram que o incêndio fatal ocorrera na noite anterior ao dia estimado para a postura.



2º) Um corpo descoberto no final do Inverno no norte de Inglaterra estava bem preservado devido às baixas temperaturas, e as provas patológicas sugeriam que a morte teria ocorrido duas a três semanas antes. Provas entomológicas, pelo contrário, sugeriram que a pessoa terá morrido mais de dois meses antes da descoberta do corpo. Esta estimativa era consistente com outras provas e foi aceite pelo tribunal.



Os insectos mais valiosos para a entomologia forense são as varejeiras (família Calliphoridae), pois são geralmente as primeiras a colonizar um corpo após a morte, muitas vezes num espaço de horas. Por conseguinte, a idade das varejeiras mais velhas constitui a prova mais precisa do IPM. Muitas outras espécies de mosca, escaravelho, vespa e traça estão associadas aos cadáveres, constituindo uma sucessão de insectos a colonizar o corpo, mas como tendem a chegar depois das varejeiras são menos úteis na determinação de um IPM.

Para ler o artigo na integra, consulte:

http://www.scienceinschool.org/2006/issue2/forensic/portuguese

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