"Não existe um crime perfeito"
Somos um grupo de alunos da Escola Secundária de Oliveira do Bairro do 12º ano de escolaridade, e resolvemos realizar, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, um blog sobre investigação criminal.

Esperamos que gostem.


terça-feira, 9 de março de 2010

Investigadores lêem consumo de droga num cabelo e detectam antipsicóticos na saliva ou suor

     A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, na Covilhã, está envolvida em dois projectos para detecção de drogas no corpo humano de formas alternativas, nomeadamente sem recurso a colheitas de sangue.
  



     Um dos projectos lê num cabelo humano o registo de consumo de drogas ao longo dos últimos tempos, enquanto o outro usa saliva ou suor, em vez de sangue, para detectar o consumo de antipsicóticos.

     Os trabalhos em curso na área da toxicologia foram apresentados ontem num laboratório da Faculdade, durante uma visita de Duarte Nuno Vieira, presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) - que colabora na invetsigação - e de responsáveis do Ministério da Justiça.

     Eugénia Galhardo, investigadora espanhola radicada na Covilhã há sete anos, dirige o projecto centrado na saliva e suor para detectar o consumo de medicamentos antipsicóticos. “As autoridades já fazem a detecção de algumas substâncias através de saliva”, por exemplo, em operações de trânsito rodoviário. “Nós estamos a fazer uma abordagem inovadora especificamente sobre antipsicóticos”, explicou a especialista oriunda de Santiago de Compostela.

     Os antipsicóticos são fármacos preferencialmente usados no tratamento de psicoses, sobretudo a esquizofrenia. Segundo Eugénia Galhardo, a sua detecção pode ser relevante nalgumas situações, porque têm “uma acção psicotrópica, com efeitos sedativos e psicomotores”. Na investigação, “o objectivo é monitorizar doentes que estão sob a acção de antipsicóticos e comparar as colheitas tradicionais, como o plasma, sangue e urina, com a saliva ou suor”.



Aplicada a toda a população
     Eugénia Galhardo, que acredita que a validação pode ser alcançada até final do ano, sublinhou que “uma vez validada a metodologia, pode ser aplicada a toda a população”. A partir daí, a técnica tem credibilidade para ser usada em laboratório ao serviço da Justiça ou qualquer outra instituição.

     A Faculdade de Ciências da Saúde em parceria com o INML está também a orientar um projecto de doutoramento que pretende detectar drogas, como opiáceos e canabinóides, entre outras, através de amostras de cabelo. “À medida que o cabelo cresce, é possível traçar um perfil de consumo”, explicou à Agência Lusa Mário Barroso, especialista na área de toxicologia forense da delegação sul (Lisboa) do INML.

     “É possível associar a presença de determinadas substâncias no cabelo ao consumo de drogas e, mediante o comprimento, fazer a correspondência com um determinado período no tempo”, explicou. O cabelo cresce cerca de um centímetro por mês, “mas cada caso é um caso”, ressalvou Mário Barroso. “Quanto mais comprido, mais cuidado é necessário na análise”, disse.



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